sábado, 9 de julho de 2016

08.03.1970 ─ O FANTASMA DE FININHO FAZ MUITA GENTE TREMER



O FANTASMA DE FININHO
FAZ MUITA GENTE TREMER

JOSÉ Arnaldo Murinelli estava no bar no momento em que Fininho partiu sobre Mauricio Franco para matá-lo. Murinelli e Fininho eram policiais. Murinelli preferiu contar nada para não acusar o colega. Mas a Justiça marcou o interrogatorio de Murinelli, que terá de contar tudo o que viu. E ele irá mesmo ao forum, acompanhado do seu advogado: decidiu enfrentar a Policia, e não fugir, como Fininho fêz. A fuga de Fininho continuou a ocupar muitas manchetes de jornal esta semana. Fininho (o seu nome verdadeiro é Ademar Augusto de Oliveira) matou a faca um traficante de entorpecentes, Mauricio Franco, umas semanas atrás. Logo depois, o delegado Wilson Richetti, do Terceiro Distrito, ouviu-o negar que tivesse cometido o crime, mas acabou provando que ele tinha mesmo assassinado Maurício. O caso foi à Justiça, que pediu sua prisão preventiva. As quatro testemunhas que acusaram Fininho foram ameaçadas de morte por ele e pediram proteção á Polícia. Fininho fugira, todos estavam com medo. Foi preciso que as testemunhas ficassem no Distrito, para se protegerem, e depois foram abrigar-se no Degran. Um investigador chegou a sofrer um atentado a tidos e alguns reporteres que fazem a cobertura policial para seus jornais receberam ameaças de morte. O policial Murinelli, que antes não quis acusar Fininho resolveu se entregar porque ficou com medo de que Fininho se vingasse dele.

Jornal Última Hora, domingo, 8 de março de 1970

Nenhum comentário:

Postar um comentário