sexta-feira, 1 de julho de 2016

03.01.1951 ─ "E FUGIREI OUTRA VEZ!"

DEZENOVE TATUAGENS E DEZENOVE HISTÓRIAS DIFERENTES. "CARNE SÊCA" TRAZ NA EPIDERME A HISTÓRIA DE SUA VIDA


ASSIM FUGIU CARNE SECA
─ QUE E' QUE HÁ?
Do cubículo de sua céla, na Penitenciária da rua Frei Caneca, João da Costa Rezende olha o morro de S. Carlos e vai contar ao repórter como fugirá da próxima vez. Não hesita em advertir que usará arame e carretilha. Preparem-se, porque tudo será questão de oportunidade, e o rapaz, usando de franqueza, aqui deixou seu aviso prévio, pois, senhores:

"E FUGIREI OUTRA VEZ!"
DECLARA O CONHECIDO HERÓI DAS FAVELAS • A FUGA É UMA CIRCUNSTÂNCIA NA VIDA DO SENTENCIADO, PREVISTA PELO CÓDIGO PENAL • CRISTO FUGIU ÀS PERSEGUIÇÕES DOS JUDEUS • BELMIRO VALVERDE E OTÁVIO MANGABEIRA JÁ FUGIRAM UM DIA • LUÍS CARLOS PRESTES CONTINUA FUGINDO • NUM PRESÍDIO SÓ HÁ PRESOS E CARCEREIROS, INCLUSIVE O DIRETOR QUE É O CARCEREIRO-MÓR • O RETRATO DE ELVIRA PAGÃ, A HISTÓRIA DAS TATUAGENS E A VISITA DE LUZ DEL FUEGO.
Reportagem de ABDIAS RODRIGUES • Foto de WALTER MORGADO

A notícia chegou à redação dos jornais: «CARNE SÊCA» FUGIU DA PENITENCIÁRIA. Trinta minutos depois tôda a cidade tomava conhecimento do fato. As agências telegráficas noticiaram o acontecimento para o estrangeiro. E à noite, a B.B.C., de Londres, comentava a espetacular fuga de João da Costa Rezende.

Eram 10 horas da manhã quando chegamos à redação. Antes, mesmo que comprimentássemos os colegas, o secretário foi logo perguntando:

─ Onde está o «Carne Sêca»?

─ Isso é o que a polícia quer saber ─ respondemos.

─ Bem. O sr. está incumbido de fazer a reconstituição da fuga de «Carne Sêca».

DESCANSAR
Um dos pátios da Penitenciária onde os detentos comportados ficam à vontade, em repouso.

LIBERDADE
Mais de mil homens vivem no edifício purgando seus crimes. Entre êles está «Carne Sêca».

FUMANDO ESPERA . . .
O cigarro é o companheiro inseparável dos detentos e mesmo aquêles que nunca tuveram êsse vício, presos, o adquirem.

LEITOR DE ZAMACOIS
A prisão é um «cemitérios dos vivos», já o disse Zamacois em «Os vivos mortos». Carne Sêca leu e vive a riscar paredes...

FUJÃO!
Enquanto os outros podem ficar nos pátios, êle vive prêso numa cela. E' o castigo a que estão sujeitos todos os fujões...

HIGIÊNE
Banho de sol e chuveiro, rosto lavado, destes escovados...

HEROI!
Que dirão os jornais hoje a meu respeito?


─ Mas se êle está foragido...

─ Não importa. Faça com outro...

Nesse mesmo dia telefonamos para o Tenente Castro Pinto ─ ex-diretor da Penitenciária. Mas não foi possível falar com o tenente. No dia seguinte, os matutinos noticiaram a prisão do foragido.

─ Hum!!! E o secretário que queria a reconstituição mesmo com outro... A essa hora deve estar esfregando as mão de contente. O azar é do «Carne Sêca». Bem. O homem está de novo nas grades. Agora não vale a pena perder tempo com telefonemas. Vamos até lá...

─ E o tenente...

─ Ah! não se preocupe... O Tte. Castro Pinto é camarada. Antes de ser diretor da Penitenciária foi jornalista militante. Daí a afinidade que há entre êle e os profissionais da pena.


ALGUM DIA O CINEMA FILMARÁ AS SUAS AVENTURAS. O TÍTULO DO FILME PODERÁ SER "UM ROMANCE EM CADA TATUAGEM"

«João da Costa Rezende nasceu a 29 de abril de 1928, num barracão do morro da Favela. E' filho de João da Cruz Rezende e dona Josefina Alves da Costa, que praticou o suicídio recentemente. Seu pai foi funcionário pa Prefeitura do Distrito Federal, onde trabalhou alguns anos, estabelecendo-se depois com uma pequena casa de secos e molhados naquele morro. Contam que o estabelecimento era freqüentado diàriamente por vários malandros ali residentes, que contavam as histórias de suas valentias. Essas narrativas exerceram sôbre a criança verdadeira sedução. Gostava de ouvi-las e repeti-las depois com os garotos de sua idade. Os filmes de mocinhos e as histórias de vilão foram outras tantas influências que o levaram ao crime mais tarde. Às vezes fazia-se de «bandido», assaltava os garotos, tomava-lhes o dinheiro das compras, punha-os a correr morro a baixo. Orgulhava-se dêsses seus feitos e se mostrava envaidecido das vitórias sôbre os outros garotos. Como era raquítico puseram-lhe o apelido de «Carne Sêca».

Chegou asim aos 11 anos. Nessa época ignorando os motivos, viu seu pai separar-se de sua mãe. Abandonada pelo marido, esta arcou com grandes dificuldades, enfrentando a miséria que lhe batia à porta».

Sentindo-se à vontade, liberto da autoridade paterna, «Carne Sêca» ficou livre também para as ações que copiava dos «valientes» da zona. Sua mãe não dispunha de energia bastante para domá-lo. Tornou-se então uma criança temida por todos e repudiada pelos outros meninos. Tal situação obrigou d. Josefina a recorrer às pessoas de suas relações para interná-lo numa instituição de menores. Foi matriculado e internado na Fundação Darcy Vargas, onde estêve 3 anos, trabalhando como pequeno jornaleiro. E foi campeão numa competição organizada pela Fundação.

Em sua infância «Carne Sêca» teve aspirações. Ora queria ser médico, ora queria ser engenheiro: mas nunca pôde nem mesmo completar o curso primário. Deixando a Fundação, arranjou um emprêgo de vidraceiro, trabalhando no ofício algum tempo. Data dessa época o seu casamento com Lêda. E' também de então o seu primeiro contacto com a polícia. Morava numa «cabeça de porco», onde travou conhecimento com um tal de Joel, que foi morto tempos depois. No quarto de Joel, um dia, a polícia apreendeu vários objetos roubados. Sua ligação com o meliante deu margem a suspeitas. Viu-se, portanto, envolvido e prêso. Embora protestasse, dizendo-se inocente, arranjaram-lhe três processos. Desde então, afirmou, «tornei-me um revoltado».

Posteriormente «Carne Sêca» foi condenado por 5 arrombamentos no 20º Distrito: 2 assaltos no 21º Distrito, além de outros crimes de tavolagem e sedução de menores. Perguntamos-lhe pelo bando que chefiava e êle, respondeu que nunca teve bando: que o bando só existe na cabeça da polícia. ─ «Sempre agi sòzinho». acentuou.

─ «Apenas uma vez fui obrigado a admitir alguns trabalhadores». Foi quando assaltei um ônibus. E foi uma das boas batidas que fizemos. Depois de virar a caixinha do coletivo tomamos as carteiras dos homens e as jóias das «donas boas».

─ Você não sente remorso do que fêz?

─ Que remorso, que nada. Firemos uma boa farra. Vendemos algumas jóias e outras as oferecemos às nossas cabrochas.

─ Se um dia você encontrar-se conosco, na rua, terá coragem de nos assaltar?

─ Por que não?! Salvo se, quando eu meter o revólver no seu peito, você disser: ─ «Que é isso «Carne Sêca», «livra minha cara», está me estranhando?»


NESSA SEQÜÊNCIA de fotografias o leitor poderá ter uma idéia de como "Carne Sêca" conseguiu fugir pela terceira vez da Penitenciária Central do Distrito Federal. Foi, sem dúvida, um feito sensacional devido às circunstâncias em que se realizou. O edifício do presídio tem quatro andares. No último achava-se João da Costa Rezende, o conhecido "Carne Sêca". Devido à sua fuga anterior, vivia sempre na cela. Sòmente à tarde descia aos pátios para tomar banho de sol, assim mesmo escoltado por dois guardas. Contudo, tôdas as precauções da direção do presídio foram inúteis. Numa noite chuvosa (escolheu de propósito uma noite chuvosa) êle pôs em prática o que pacientemente vinha ruminando. Como o leitor pode ver, da esquerda para a direita, em cima, êle aparece torcendo os lençóis que usou como corda. Em seguida, quebrou a cama patente. O estrado de molas usou-o como escado. A cabeceira serviu para quebar o vidro da clarabóia e as grades que a protegia. Subiu, e com jeito, quebrou tudo, abrindo passagem. Uma vez no sótão do edifício chegou ao terraço. Os guardas, devido ao lamaçal no pátio, estavam ausentes. Não havia o que temer. Amarrou a corda de lençóis num dos paus da cama e o introduziu no bueiro que há no terraço. Depois saltou o pequeno muro e pendurando-se nas cordas chegou ao outro muro que dá para o pátio número cinco. Aí, êle adaptou um gancho na ponta da corda de lençóis e atirou no grande muro.
OU A LIBERDADE OU A MORTE ─ teria dito "Carne Sêca" antes de tentar o sensacional salto que o libertaria finalmente, da prisão. Dentro da noite enorme, enquanto os sentinelas dormiam êle procurava a liberdade. Chegou até aqui sem maiores esforços e sem ser pressentido. Agora era o salto definitivo. Não hesitou. Agachado no muro que divide o pátio n. 5 de outro, chegou ao paredão que dá para o morro de S. Carlos. A corda havia sido lançada. O resto era fácil.


OUTROS MEMBROS DA FAMÍLIA
As 3 irmãs de «Carne Sêca». Duas ainda estão solteiras e são simpáticas. Ao contrário do irmão, são de boa natureza. Em baixo, «Carne Sêca» entre a mãe adotiva e a irmã caçula.

COMENDO E PENSANDO...
Tomando a ração e meditando, naturalmente, na liberdade.

IMPORTANTE!
Mostrando ao repórter uma notícia destacada sôbre a fuga.

A MÃE DE "CARNE SÊCA"
D. Josefina Alves da Costa, mãe do nosso herói, cujo suicídio ocorreu há pouco. Ela no barracão da favela onde morava.

OUTRA IRMÃ
Outra irmã de «Carne Sêca» ─ já casada ─ com seu casal de filhos. Mora com o marido, na favela, e todos ali a estimam.


João da Costa Rezende está condenado a 7 anos de prisão. Já cumpriu 2 anos e 6 meses. Durante êsse espaço de tempo fugiu 3 vêzes. Primeiro pelo esgôto, juntamente com outros presidiários. Depois quando era escoltado para o Tribunal do Juri, conseguiu burlar a vigilância dos soldados e escapou. Nessa ocasião foram mobilizados mais de 300 policiais para a sua captura. Houve batidas e cercos em todos os morros. Receioso de ser morto a qualquer momento, resolveu entregar-se ao Juiz Teles Neto, que o mandou a exame no Instituto Médico Legal a fim de ser provado que o seu corpo estava isento de equimoses. Prevenia-se assim o esperto «Carne Sêca» contra o ódio que a polícia tem pelos fujões.

Essas repetidas fugas, como é natural, têm deixado o Tenente Castro Pinto um tanto contrariado. Assim, como medida de prudência, João Rezende foi encerrado numa cela. Contudo, não lhe tem faltado nada, inclusive o necessário banho de sol. Mas, ao que tudo indica, «Carne Sêca» zomba das providências tomadas pela direção da Penitenciária. Pois, decorridos apenas 8 meses da sua segunda fuga, a cidade recebe com surprêsa a notícia de uma terceira e em circunstâncias espetaculares. Interrogado se tenciona abalar novamente, disse:

─ Assim que me der na cabeça fugirei outra vez. Podem me botar até num subterrâneo!

Perguntamos por que fugia:

─ Tenho saudades da liberdade, respondeu.

Depois de pequeno silêncio, panhou uma fôlha de papel almaço e começou a ler em voz alta o que o seu vizinho de cela ─ Macrino Barreto ─ escreveu inspirado nas suas fugas:

«Fugir é um direito que assiste a todos os perseguidos. Cristo fugiu às perseguições dos judeus. Napoleão tentou fugir de Santa Helena. Alexandre e Nero também fugiram um dia. E o grande Luís Carlos Prestes continua fugindo da sanha dos seus inimigos políticos. O Código Penal prevê a fuga no seu Art. 684, acentuando que a fuga é uma circunstância na vida do sentenciado. Num presídio só há dois tipos de gente: presos e carcereiros. Essa história de funcionários é lá fora. Aqui todos são carcereiros, inclusive o diretor que é o carcereiro-mor».


─ Da próxima vez não me agarram mais. Fui «pêgo» agora por que estava «duro», sem um tostão.

─ Estava mesmo esperando armas?

─ Estava, sim. Esperava 2 «paus de fogo».

─ Só dois?

─ Para que mais! Só tenho 2 mãos!

─ E quem ia lhe arranjar essas armas?

─ Bem, isso eu não posso dizer senão vou comprometer «alguém» que é muito minha amiga.

─ Então...

─ Sim, é mulher e chama-se Maria. E' tudo o que lhe posso dizer.

─ Naturalmente um dos seus amôres, não é verdade?

─ E' uma criatura a quem eu quero muito bem e que faz tudo por mim.

─ E essas tatuagens que tem no corpo, têm alguma história?

─ Sim, cada uma lembra-me uma história de amor que vivi.

E apontando no peito: «Aqui estava o nome de Lêda, que foi o meu maior amor. Mandei riscá-lo por que ela me traiu. A loura do braço direito foi minha amante. A cruz e o coração, são um segrêdo inconfessável. O São Sebastião, tatuado nas costas, é porque eu sou devoto dêsse santo. Enfim, ao todo, são 19 tatuagens e 19 histórias.

─ Você fugiu para ir se encontrar com alguma dessas mulheres?

─ Eu fugir para ir ter com mulheres ─ disse admirado ─ nunca! Para isso não é preciso fugir. Nunca vou ao encontro das mulheres. São elas que vêm ao meu encontro.

E apanhando um retrato de Elvira Pagâ:

─ O sr. deve conhecer essa «dona boa»...

─ E' Elvira Pagã ─ respondemos.

─ Pois é minha fã. Mandou-me um retrato autografado, que aliás não chegou às minhas mãos. Sei disso por que «gente liga» que tenho aqui dentro me falou. A qualquer momento dêsses a Luz des Fuego virá me visitar, estou informado. Isso é só para falar de gente com cartaz, afora «brotinhos» e mais «brotinhos» que vivem a suspirar por «Carne Sêca». Dizendo isso deu uma gargalhada e acendeu um cigarro.

─ Você sente-se bem com a publicidade que tem?

─ Nem sempre. Às vezes fico receoso e lembro-me do «Zé da Ilha». Coitado! Era u'a moça! Foi a polícia quem o matou. Deu-lhe cartaz e depois dizia que tudo de ruim que aparecia era feito por êle. A polícia nunca me deu ordem de prisão. Quando me vê, começa logo a atirar. Felizmente eu tenho o «corpo fechado». Bala em mim não pega.

─ Dizem que você tem santo enterrado no corpo, é verdade?

─ Enterrado no corpo, não; mas trago no pescoço e sei rezas que minha mãe me ensinou.

─ Como conseguiu fugir?

─ Muito simples e muito fácil. Rasguei 4 lençóis e um cobertor. Fiz cordas. Quebrei a cama patente. Com as molas fiz um gancho. Com os pés da cama quebrei a téla de ferro que protege a clarabóia. Em seguida quebrei o vidro. A cama me serviu de escada. Subi. Saí no sótão, cheguei ao terraço. No bueiro coloquei um pé da cama e amarrei a corda de lençóis. Desci até ao muro que separa o pátio número 5 de outro pátio. Andando, escanchado, cheguei ao paredão do muro. Joguei a corda com o gancho. Subi o muro e pulei do outro lado. Estava, assim, livre. O resto todo mundo já sabe. No morro do Jacarézinho, estava no barracão esperando 2 «paus de fogo» e uma «gaita» para fazer a pista para bem longe, quando fui prêso por 2 soldados da polícia militar.

─ E os guardas não viram nada?

─ Não viram nada e não têm culpa nenhuma. Planejei tudo muito bem. Quando chove, os pátios, principalmente o número 5 cujo fundo dá para o morro de São Carlos, ficam com um metro de lama, devido às enxurradas do môrro. Sabendo disso esperei a chuva. Sabia que com a lama e o temporal os guardas não ficariam no pátio número 5. A minha fuga não foi improvisada. Foi aliás pacientemente estudada. Daí a razão do êxito. Da próxima vez, talvez eu saia daqui voando ─ disse sorrindo. Eu estou no quarto andar: lá está o morro de São Carlos, apontou. O muro não chega a ter a altura de 2 andares. Há, portanto, grande declive. Com um rôlo de arames e uma carretilha eu posso sair daqui voando e atiro o rôlo com se fosse uma respentina. Adapto a carretilha e pronto...

Assim falou «Carne Sêca». Essas são suas perspectivas da próxima fuga. Que diz a isso o diretor da penitenciária?

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Revista da Semana, quarta-feira, 3 de janeiro de 1951

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