sexta-feira, 30 de setembro de 2016

28.03.1971 ─ HOMENAGEM PÓSTUMA



─ HOMENAGEM PÓSTUMA ─

O falecimento de uma pessoa bondosa, daquelas que fizeram da bondade o seu modo de viver, que não souberam nunca viver de outro modo a não ser pela bondade, pelo modo tranquilo e bom de conviver, comove sempre e faz-nos pensar na utilidade da vida dos que viveram dêsse modo. Fazendo amigos, convivendo sem distinguir do pobre o rico, amando a todos como o próximo, adorando crianças e amando a natureza, o sorriso sempre, a tranquilidade, a simpatia prudente da velhice e o orgulho de uma vida sempre assim, igual em tudo e nunca desigual para ninguém nem para nada, alma boa que foi no mundo incenso purificando a vida deste mundo imenso de perturbações, desassossegos, assim foi o velho bom que morreu num dia quente desta semana triste, dolorida para nós. Morreu JUVENAL DE SOUZA e a cidade tôda acorreu a sua casa. O velho bom dos passarinhos, da amizade leal e dos conselhos sábios, do sorriso permanente sempre igual e da vida sempre honesta, dos filhos estimados e dos netos numerosos, morreu e nos deixou muita saudade. Ninguém dêle algum dia disse nada que não fosse um elogio ao modo bom de conviver, ao modo simples, singelo de viver. Alegre para todos, bom para o que fôsse, nem por política desuniu-se nunca de ninguém. E trabalhou, e deu exemplo que nos fica, que nos vale, ha de valer para os que ficam, sejam velhos ou estejam ainda novos, mas ainda a êstes que podem distinguir, neste elogio póstumo, o valor do merecimento, a distinção bem clara da vida que termina merecendo das muitas vidas que se esvaem sem mérito nenhum. O trabalho que enobrece e dígna o homem, a bondade que o eleva, a honestidade que o sublima e o faz útil para todos, igual a cada qual, foram virtudes que êle teve e cultivou, ensinou e dividiu entre os que dêle se acercaram, e conviveram o ouviram e respeitaram! E hoje é memoria, é lembrança de nos todos, de tôda uma cidade, o velho bom, trabalhador, honesto e simples que viveu aqui modestamente ganhando amizade, respeito, veneração; pelo muito que fez vivendo bem. Tenha JUVENAL DE SOUZA a luz que aos justos da, na eternidade, a recompensa do modo bom de conviver. Eis o homem:

Juvenal de Almeida Souza, viuvo de Dona Maria Adelia da Silveira Diniz; nascido em 23/10/1888 e falecido em 16/03/1971. Deixa os seguintes filhos Francisco José de Souza, casado c/ Hilda Terra de Souza; Alvaro de Souza, solteiro; Maria Augusta de Souza Assumpção, casada c/ Ary Assumpção; Celso de Almeida Souza, casado c/ Therezinha Terra de Souza; Sonia Maria de Souza Almeida, casada c/ Luiz Carlos de Almeida. Deixa os seguintes netos e netas Maria Nazareth Terra de Souza, Maria Cristina Terra de Souza, Francisco José de Souza Filho, Persio Antonio Terra de Souza.

Maria Adelia de Souza Assumpção, Katia Maria de Souza Assumpção, Pedro Paulo de Souza, Assumpção, Ary Assumpção Junior, Sandra Terra de Souza, Iaci Terra de Souza, Eliana Terra de Souza, Celso de Almeida Souza Filho, Luiza Antonio de Souza Almeida, Rosangela de Souza Almeida, Claudia Maria de Souza Almeida.

Folha de São Miguel Arcanjo, 28 de março de 1971

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