segunda-feira, 14 de março de 2016

24.08.1982 - Presos marginais que assaltaram Unibanco


PRESOS MARGINAIS QUE ASSALTARAM UNIBANCO


Dois dos marginais que assaltaram a agência bancária do Unibanco da praça Iguatemy Martins, no Mercado, em abril último, já estão presos. São eles: Almir de Lima, o "Cabeleira" e Josuel Gonçalves, o "Fubá" (26 anos). Eles foram presos em São Paulo, por agentes do 20.º DP (Tucuruvi) e além de confessarem o assalto em Santos, apontaram o nome do comparsa, Cláudio Bambolim, o "Pardal", que está baleado e se encontra internado em estado grave, num hospital de Recife em Pernambuco, após uma fracassada tentativa de assalto a um banco, quando eles foram rechaçados a bala.

A confissão dos assaltantes foi participada ao delegado José Naldo, do setor de vigilância bancária, do DOPS de Santos, o que ensejou a ida do encarregado do setor, investigador Augusto Araújo, ao 20.º DP de São Paulo, com funcionários e clientes do Unibanco no Mercado, para o reconhecimento dos bandidos.

Ao todo, três funcionários do banco: Leocádia da Silva Nunes (sub gerente), Onézio de Lara Júnior (auxiliar de escritório) e Tereza Chaskos Ribeiro (caixa) e dois clientes: John William Henneassey e Arthur Rodrigues. Reconheceram categoricamente os assaltantes Almir de Lima e Josuel Gonçalves. Os assaltantes foram colocados entre outros elementos, mas as testemunhas foram unânimes em apontá-los como participantes do roubo.

O Unibanco do Mercado foi assaltado no dia 13 de abril último, por volta das 15h30, oportunidade em que na agência estavam entre 8 a 10 pessoas além dos funcionários. Logo de imediato, os marginais dominaram o vigilante Antônio Aliomar Soares Moraes e tomaram seu revólver, um "Taurus" de calibre 38. Em seguida, obrigaram o gerente Alfredo Ventura Filho a abrir o cofre, de onde roubaram Cr$6.400.000,00.

Quando os bandidos saíam do banco, um deles, Cláudio Bambolim, o "Pardal", numa atitude gratuita e de extrema violência, baleou o funcionário da agência, Rogério de Farias (20 anos) e o jovem hoje encontra-se cego das duas vistas. A bem da verdade, ao ser atingido pelo tiro na fronte, uma das vistas de Rogério saltou para fora e outra foi destruída pelo projétil. Sabe-se que os familiares de Rogério já fizeram de tudo para que ele voltasse a enxergar, mas os esforços foram em vão.

Antes de praticarem o roubo, os bandidos tomaram a Brasília placa WE-6117, que estava na rua Ricardo Pinto, próximo ao n.°31, no bairro da Aparecida, e só então seguiram para o banco. Num bar próximo ao banco, eles tomaram conhaque, sendo que antes já haviam fumado maconha.

Jornal Cidade de Santos, terça-feira, 24 de agosto de 1982

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